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"A missão do geógrafo é o mundo e sempre levar consigo sugestões e senso crítico. Quem limita a Geografia pode ser tudo, menos geógrafo!"
Rennan Rebello

sábado, 21 de março de 2015

Mitologia #4: Os Deuses Celtas

 De modo geral, o termo celta aplica-se aos povos que viveram na Grã-Bretanha e na Europa Ocidental entre 2000 a.C. e 400 d.C.. Eram civilizações da Idade do Ferro, habitantes sobretudo de pequenas aldeias lideradas por chefes guerreiros. Os celtas da Europa continental não deixaram registo escrito, mas conhecemos seus deuses através dos conquistadores romanos, que estabeleceram elos entre muitas dessas divindades e seus próprios deuses. Por exemplo, o deus do trovão Taranis era o equivalente do Júpiter romano, e várias outras divindades locais eram equiparadas a Marte, Mercúrio e Apolo. Os povos do País de Gales e da Irlanda também deixaram uma mitologia muito rica e muitas de suas lendas foram escritas durante a Idade Média.
      A mitologia celta pode ser dividida em três subgrupos principais de crenças relacionadas.
  • Goidélica - irlandesa e escocesa
  • Britânica Insular - galesa e da Cornuália
  • Britânica Continental - Europa continental.
    É importante manter em mente que a cultura celta (e suas religiões) não são tão contíguas ou homogêneas quanto foram a cultura romana ou grega por exemplo. Nossos conhecimentos atuais determinam que cada tribo ao longo da vasta área de influência céltica tinha suas próprias divindades.       Uma particularidade dos celtas é o mundo dos mortos, que no qual não existe inferno, julgamentos e purgatório. Chamado de Mag Mell, é um mundo submarino que no qual é dito ser um plano de felicidade eterna.
      Dos mais de trezentos deuses celtas, poucos efetivamente eram adorados em comum. Veremos agora alguns dos mais comuns dos deuses celtas.
       




Sucellos: Deus da agricultura, florestas e bebidas alcoólicas. Algumas passagens o descrevem como o rei dos deuses.
Taranis: Deus dos trovões.
Cernunnos: Deus das matas, bosques e da fauna.
Dea Matrona: Deusa-mãe dos celtas.
Epona: Deusa da terra e da fertilidade.
Belenus: Deus da luz e do fogo.
Morrigan: Deusa da vigança, da guerra e da morte.
Finn MacCool:  Um guerreiro herói que por seus feitos passou a ser venerado por aqueles que buscavam ser bravos guerreiros. Conta a lenda que ele matou um goblin para salvar um dos reis da Irlanda.
Manannam Mac Hur: Deus dos mares e do mundo dos mortos.
Dagda: Deus da magia e da sabedoria. Carrega um taco que no qual uma das pontas pode matas nove homens e a outra ressuscitar os mortos.
Lugh:  Deus dos raios de sol. Além de guerreiro é um artesão que forja inúmeras armas, inclusive uma espada que pode cortar a tudo.
Cuchulain: Filho de Lugh. Não é considerado um Deus e sim um guerreiro herói. Uma espécie de Hércules celta.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Política e Religião: Unidas prejudicaram até Jesus Cristo


   Política e religião não deveriam andar juntas, porém a separação se torna cada vez mais impossível. Quando falamos dessa união nos lembramos de nossa bancada evangélica e de figuras como Marco Feliciano e outros.
   Mas se retornarmos na história veremos casos onde o próprio Jesus foi prejudicado pela união da política e religião, sendo esse um dos motivos que levaram Judas Escariotes a traí-lo. A partir do livros "Mestres" de José Tadeu Arantes, observaremos os 5 grupos políticos da época.
   São eles os: Saduceus, Escribas ou Doutores da Lei, Fariseus, Zelotes, e Essênios.


Saduceus:

   Eram  grandes proprietários de terra e membros da elite sacerdotal. Representantes da nobreza, do poder e da riqueza. Controlavam o Sinédrio(Senado de Israel) e o Templo de Jerusalém. Aceitavam apenas a Torá. Foram os principais responsáveis por condenar Jesus.


Escribas ou Doutores da Lei

   Não constituíam seita ou partido, porém eram eles que interpretavam as escrituras e influenciavam nas decisões do Sinédrio, no qual também faziam parte.


Fariseus

   Formados por indivíduos de todas as camadas sociais, principalmente artesões e pequenos comerciantes, seguiam com fervor a Torá. Deixaram de heranças aos cristãos a crença na imortalidade da alma e na ressurreição do corpo. Aguardavam a vinda do Messias que os libertariam do império romano.


Essênios

   Dissidentes do clero de Jerusalém, viviam em comunidades afastadas e fechadas. Eram contrários à Roma e ao Templo de Israel e se consideravam a raça pura. Esperam o Messias que, segundo eles, iniciaria uma guerra santa.


Zelotes

   Era o grupo mais radical, formado pelos segmentos mais pobres da sociedade e estavam dispostos a recorrer a força para atingir seus ideais. Eram perseguidos pelos romanos. Jesus tinha dois seguidores zelotes entre os seus apóstolos: Simão e Judas. As mensagens de amor e paz de Jesus vinha de encontro com o caráter político e imediatistas dos Zelotes.



   Analisando os grupos podemos afirmar o que todos já sabem, Jesus não era o que  esperavam, porém também podemos afirmar que o medo de uma revolução levou as classes conservadoras a condená-lo e o fato de ter zelotes entre seus homens de confiança fortaleceu esse medo.
   Por outro lado Judas Iscariotes pode ter pensado que traindo Jesus poderia forçar uma revolução, pois na cabeça dele em meio ao sofrimento, Jesus poderia se revoltar e se tornar o messias que todos esperavam. Com isso, Jesus, que nunca foi filiado a partido político nenhum algum, foi traído pela junção da política e religião.